quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Antitrinitarismo

Arianismo

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O arianismo foi uma visão Cristológica sustentada pelos seguidores de Arius nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus, que os igualasse, fazendo do Cristo pré-existente uma criatura, embora a primeira e mais excelsa de todas, que encarnara em Jesus de Nazaré. Jesus então, seria subordinado a Deus, e não o próprio Deus. Segundo Ário só existe um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio.
Ao mesmo tempo afirmava que Deus seria um grande eterno mistério, oculto em si mesmo, e que nenhuma criatura conseguiria revelá-lo, visto que Ele não pode revelar a si mesmo. Com esta linha de pensamento, o historiador H. M. Gwatkin afirmou em seu livro The Arian Controversy (A Disputa Ariana): "O Deus de Ário é um Deus desconhecido, cujo ser se acha oculto em eterno mistério
O Concílio de Niceia (325 D.C.) condenou esta doutrina após uma grande controvérsia e declarou-a herética. No entanto, visões semelhantes e em alguns casos revivificação do nome, ocorreram desde então. Para um estudo amplo e aprofundado relativo à essa grande controvérsia entre cristãos e arianistas Spinelli diz "O envolvimento de Eunomos com a teoria aristotélica da substância ou dos universais"; e "O contraposto de Basílio a Eunomos e a tematização do nominalismo"

Quarto século
Uma carta de Auxentius, um bispo de Milão do século IV, referindo-se ao missionário Ulfila, apresentou uma descrição clara da teologia ariana sobre a Divindade: Deus, o Pai, nascido antes do tempo e Criador do mundo era separado de um Deus menor, o Logos, Filho único de Deus(Cristo) criado pelo Pai. Este, trabalhando com o Filho, criou o Espírito Santo, que era subordinado ao Filho e, tal como o Filho, era subordinado do Pai. Segundo outros autores, para Ário o Espírito Santo seria uma criatura do Logos (Filho).
O conflito entre Arianismo e o Trinitarismo, que se tornou dominante desde então, foi a primeira dificuldade doutrinal importante na Igreja Católica, após a legalização do Cristianismo pelo imperador Constantino I e a sua elevação a religião oficial do Império Romano. Vendo que as disputas entre os cristãos poderiam causar uma ruptura interna no Império, Constantino determinou que o arianismo estava errado, que este era uma heresia, julgando assim contribuir para manter a coesão política do império, embora mais tarde viesse a aderir a ele, tendo sido baptizado por um bispo ariano antes de morrer.
A um certo ponto do conflito, o Arianismo teve influência na família do imperador e nobreza imperial, e porque Ulfila, (missionário enviado pelo Imperador Romano do Oriente) foi o apóstolo dos Godos, convertendo-os ao cristianismo sob a forma ariana. Os Ostrogodos e Visigodos chegaram à Europa ocidental já cristianizados, mas arianos.

Reforma e Iluminismo
O nome Arianos foi usado na Polónia para referir a seita Cristã Unitária, a irmandade polaca (Frater Polonorum). Eles inventaram teorias sociais radicais e foram precursores do Iluminismo.


Paralelos modernos
"Arianismo" tem sido um nome aplicado a outros grupos não-trinitários, desde então como as Testemunhas de Jeová.
Por exemplo, muitas vezes tem-se dito que as Testemunhas de Jeová, estariam seguindo uma forma de arianismo, visto que também não crêem na Trindade, e consideram Jesus como O Filho de Deus. Mas elas discordam deste ponto de vista, afirmando que suas crenças não se originam dos ensinamentos de Ário, e que, não adoram o “Deus desconhecido” de Ário.
A doutrina espírita cristã, também conhecida como kardecista, também enxerga em Jesus o Mestre Amado e o ser humano mais iluminado que serve de guia e modelo à humanidade, mas não o confunde com Deus. Na pergunta 17 do Livro dos Espíritos se afirma que "Deus não permite que tudo seja revelado ao homem neste mundo." Na pergunta 1: "Que é Deus?", se responde: Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas".

Os três (Deus Pai, Jesus Cristo e Espírito Santo) separados
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias , também prega a separação de Deus que é pai, Jesus Cristo que é filho literal na carne e Espírito Santo que é o que testifica aos homens as coisas de Deus. Em consonância com a regra de fé (Primeira Regra de Fé) Joseph Smith Jr. o primeiro profeta da igreja teve uma visão em que viu Deus e Jesus Cristo lado a lado conhecido como a primeira visão. Existem outros que viram Deus e Jesus Cristo como seres separados, um exemplo bíblico é Estevão, no qual é dito (na tradução de João Ferreira de Almeida):
"Mas ele, estando cheio de Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus." Atos 7:55-56

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