quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Antrinitarismo

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (coloquialmente referida como a Igreja Mórmon) é uma igreja de fundamentação cristã, com características restauracionistas. O nome oficial da igreja se refere a Jesus Cristo como seu líder e a conversão dos fiéis, ou santos, à igreja, na última dispensação — de onde surge a referência aos últimos dias. O termo santos é a mesma denominação usada na época que Jesus Cristo veio a Palestina (veja Atos 9:13, 9:32,9:41 e 26:10).

A Igreja está sediada em Salt Lake City, Utah, e estabeleceu congregações em todo o mundo. A partir de 2007, a Igreja relatou um pouco mais de 13 milhões de membros em todo o mundo, com pouco mais de 1 milhão no Brasil

Os adeptos, habitualmente referidos como Santos dos Últimos Dias (SUD) ou mórmons, são cristãos restauracionistas e conservadores e não são uma parte dos católicos, ortodoxos, protestantes ou tradições. À semelhança de outras organizações Restauracionistas, a igreja ensina que, após os eventos descritos no Novo Testamento, houve uma grande apostasia, da verdadeira fé cristã e o sacerdócio. A Igreja ensina que esta verdadeira fé e sacerdócio foram restauradas por Joseph Smith Jr.. através da profecia e da visitação dos anjos, no início de 1820. Assim, a Igreja ensina que é a única organização na Terra, com autoridade para realizar ordenanças válidas (como o batismo ou o Sacramento). A Igreja também pratica outras ordenanças, restauradas por meio de Joseph Smith, como o Casamento Celestial e o batismo pelos mortos.
História
Joseph Smith, aos quatorze anos de idade, após querer saber a qual igreja da sua época se filiar, retirou-se para ler a Bíblia em seu quarto quando leu em Tiago 1:5 "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Refletindo sobre o que lera, Joseph retirou-se em oração e afirmou ter recebido uma visão na manhã de primavera de 1820, num bosque próximo à sua casa, na qual Deus e Jesus Cristo lhe ordenaram que não se filiasse a nenhuma das igrejas existentes, mas que restaurasse a verdadeira Igreja. Esta visão é conhecida como a Primeira Visão.

A tradição da Igreja diz que Joseph Smith recebeu do anjo Morôni a informação sobre o local onde estavam enterradas uma coleção de placas de ouro gravadas, que continham um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas e que também continha a plenitude do evangelho eterno. Mais tarde este registro nas placas seria traduzido por Joseph Smith Jr pelo dom e poder de Deus, dando origem ao chamado Livro de Mórmon, que constitui a base de fé da Igreja. O termo mórmon, geralmente usado para referir-se aos Santos dos Últimos Dias, deriva do nome do profeta Mórmon, que teria sido um dos autores e compiladores das escrituras que formaram o Livro.

Em 1830 foi restaurada a Igreja, que rapidamente cresceu, gerando uma série de violentas e sangrentas perseguições e assassinatos que culminaram no assassinato a sangue frio de Joseph Smith e seu irmão Hyrum Smith em 1844. Não tendo fim a religião por morte de seu líder, como pensavam os conspiradores, seu assassinato acabou dando maior força aos seus seguidores. Hoje, por causa dos missionários, que em geral são jovens entre 19 e 26 anos, é a religião cristã que mais cresce no mundo(segundo reportagem e do jornal da Band).

Ao completarem os 19 anos de idade, os jovens mórmons são incentivados pela liderança da Igreja a servir uma missão de tempo integral, deixando seus lares por dois anos, trabalho este voluntário, levando a mensagem do evangelho restaurado a diversos países do mundo.


Cronologia
Os Santos dos Últimos Dias professam a seguinte história:

Primavera de 1820 - Deus o Pai e Jesus Cristo aparecem a Joseph Smith Jr., então um menino de 14 anos, em resposta à sua oração (Joseph perguntou por meio de oração qual Igreja estava certa a fim de saber a qual se unir)
21 de setembro de 1823 - O anjo Morôni visita Joseph Smith Jr. e lhe dá instrução e informação com respeito da Igreja de Jesus Cristo e as placas de ouro que contêm o Livro de Mórmon.
22 de setembro de 1827 - O anjo Morôni, na Colina Cumorah (Condado de Ontário, Estado de Nova Iorque, EUA) entrega a Joseph Smith Jr. as placas de ouro a fim de que Joseph as traduza


A Primeira Visão - Deus o Pai e Jesus Cristo aparecem ao menino Joseph Smith Jr. na primavera de 182026 de março de 1830 - O Livro de Mórmon é publicado.
6 de abril de 1830 - A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é organizada em Fayette, Nova Iorque nos Estados Unidos da América por Joseph Smith Jr.
9 de junho de 1830 - Realiza-se a Primeira Conferência da Igreja.
Abril de 1830 - Samuel Smith torna-se o primeiro missionário da Igreja.
4 de fevereiro de 1831 - Chamado do primeiro Bispo da Igreja (Edward Partridge).
3 de agosto de 1831 - Dedicação do local do Templo em Independence, Missouri.
18 de março de 1833 - A Primeira Presidência é organizada pela primeira vez.
18 de dezembro de 1833 - Joseph Smith Sr. chamado como o primeiro Patriarca da Igreja.
17 de fevereiro de 1834 - Organizada a primeira Estaca da Igreja.
14 de fevereiro de 1835 - O Conselho dos Doze é organizado pela primeira vez, com o chamado de doze Apóstolos.
28 de fevereiro de 1835 - O Primeiro Quorum dos Setenta é organizado.
27 de março de 1836 - Dedicação do primeiro Templo da Igreja, em Kirtland, Ohio.
20 de julho de 1837 - Organizada a primeira Missão da Igreja - a Missão Britânica.
26 de abril de 1838 - O nome definitivo da Igreja é fixado - A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
25 de abril de 1839 - Comprados os primeiros terrenos onde os Mórmons viriam a erigir a cidade de Nauvoo, no Illinois (efetivamente estabelecida a 16 de Dezembro de 1840).
24 de outubro de 1841 - Orson Hyde, do Conselho dos Doze, em Jerusalém, dedicou a Palestina para o regresso dos Judeus.

O anjo Morôni, na Colina Cumorah, Nova York, entrega a Joseph Smith Jr. as placas de ouro em 18231 de março de 1842 - São publicadas as Regras de Fé, treze pontos que definem as crenças básicas da Igreja, no periódico Times and Seasons.
17 de março de 1842 - É organizada a Sociedade de Socorro, uma organização feminina que hoje inclui todas as mulheres da Igreja, tornando-se assim a maior organização feminina do mundo.
27 de junho de 1844 - Joseph Smith Jr. e o seu irmão Hyrum Smith são assassinados em Carthage, Illinois. Inicia-se um período de desorganização do movimento que culminará em diversas ramificações;
8 de agosto de 1844 - Brigham Young assume a liderança da Igreja, sendo o presidente do Conselho dos Doze, sendo apoiado pela maioria dos seus membros.
4 de fevereiro de 1846 - Os Mórmons começam a abandonar a cidade de Nauvoo, para fugir às perseguições.
1 de maio de 1846 - O Templo de Nauvoo (o segundo erigido pela Igreja) é dedicado, já com os Mórmons a caminho do Oeste.
24 de julho de 1847 - Os Mórmons, liderados por Brigham Young, chegam ao Vale de Lago Salgado (Salt Lake Valley), naquilo que se viria a tornar o Estado de Utah.
5 de dezembro de 1847 - Brigham Young torna-se o segundo Presidente da Igreja, com a reorganização da Primeira Presidência.
9 de setembro de 1850 - Criado o Território de Utah, por decisão do Congresso americano, com Brigham Young como Governador.
Maio de 1851 - Publicação do Livro de Mórmon em Dinamarquês, a primeira lingua além do Inglês em que o livro é publicado.
11 de novembro de 1851 - Criada a Universidade do Estado de Deseret (hoje Universidade de Utah) em Salt Lake City.
14 de fevereiro de 1853 - Iniciada a construção do Templo de Salt Lake City, que se viria a prolongar por quarenta anos.
12 de fevereiro de 1870 - As mulheres em Utah recebem o direito de voto, sendo este um dos primeiros estados ou territórios a conceder este direito às mulheres.
16 de outubro de 1875 - Fundada a Academia Brigham Young, que mais tarde se chamaria Universidade Brigham Young, em Provo, Utah
29 de agosto de 1877 - Brigham Young morre em Salt Lake City, com 76 anos.
24 de setembro de 1890 - Foi publicado o Manifesto encerrando a prática do Casamento Plural (poligamia), sendo que eram raros os casos de poligamia mesmo antes dessa data.
6 de abril de 1893 - Após mais de 40 anos de construção, o Templo de Salt Lake City é finalmente terminado, e dedicado.* 13 de novembro de 1894 - A Sociedade Genealógica de Utah é organizada.
4 de janeiro de 1896 - Utah é elevado à categoria de Estado.
1 de abril de 1898 - Inez Knight e Lucy Brimhall são as primeiras missionárias da Igreja a ser oficialmente chamadas. Servem uma missão em Inglaterra.
Fevereiro de 1907 - Reed Smoot, membro do Conselho dos Doze, eleito para o Senado Americano em 1903, finalmente toma o seu lugar neste orgão governativo, tornando-se o primeiro mórmon Senador.
25 de novembro de 1952 - Ezra Taft Benson, do Conselho dos Doze Apóstolos, foi nomeado Secretário de Estado (Ministro) da Agricultura durante os dois mandatos de Dwight D. Eisenhower como Presidente dos Estados Unidos.
1 de maio de 1966 - A primeira Estaca na América do Sul é organizada em São Paulo, Brasil.
Novembro de 1974 - William Grant Bangerter chega a Lisboa, Portugal, como primeiro presidente desta recém criada missão.
9 de junho de 1978 - Uma carta da Primeira Presidência foi emitida, anunciando que o Sacerdócio poderia ser concedido a todos os homens dignos da Igreja, independentemente de raça ou cor, maiores de doze anos de idade. Antes disso, apenas homens brancos e sem linhagem alguma de negros podiam receber o sacerdócio. A 30 de Setembro seria aceita por voto de apoio em Conferência Geral da Igreja e incorporada como Declaração Oficial - 2 na Doutrina & Convênios.
Julho de 1978 - Helvécio Martins, um executivo do Rio de Janeiro, no Brasil, é o primeiro negro a ser ordenado ao Sacerdócio, após a publicação da "Declaração Oficial - 2".
30 de outubro de 1978 - Dedicado o Templo de São Paulo, no Brasil, primeiro neste país.
18 de fevereiro de 1979 - Criada a milésima Estaca da Igreja, em Nauvoo, Illinois.
10 de julho de 1981 - Criada a primeira Estaca de Portugal, em Lisboa.
1 de abril de 1982 - O número de membros da Igreja ultrapassa os 5 milhões.
16 de outubro de 1988 - Criada a Estaca de Manaus, Brasil, a 1 700ª Estaca da Igreja.
28 de fevereiro de 1996 - Pela primeira vez na História da Igreja, existem mais membros fora dos Estados Unidos do que neste país.
Novembro de 1997 - A Igreja ultrapassa os 10 milhões de membros.
1 de julho de 1998 - O Mormon Tabernacle Choir atua em Portugal pela primeira vez.
1999 - Portugal atingiu os 35 000 membros, tornando-se o segundo país da Europa continental em número de membros da Igreja, estando a Alemanha em primeiro.
19 de março de 1999 - Dedicado o Templo de Madrid, Espanha, que serve também os membros da Igreja em Portugal.
1 de outubro de 2000 - Dedicado o Centésimo Templo em operação da Igreja, em Boston, Massachusetts.

O termo "mórmom"

O termo Mórmon, geralmente usado para referir-se aos membros da Igreja, deriva do nome do profeta Mórmon, que é um dos autores e compiladores das escrituras que formaram O Livro de Mórmon, Outro Testamento de Jesus Cristo. Apesar de os termos mórmon e mormonismo serem aceitos pela própria Igreja, a denominação oficial recomendada para os fiéis é santos dos últimos dias, ou o acrônimo em português "SUD" e em inglês LDS (Latter-day Saints).

A sua sede fica situada nos Estados Unidos, especificamente no estado de Utah (o qual foi fundado pelos mórmons), na cidade de Salt Lake City. Está presente em mais de 160 países e hoje possui quase treze milhões de membros, dos quais mais de metade estão fora dos Estados Unidos (dados oficiais de Abril de 2007). A Igreja mantém registros cuidadosos de seus membros, incluindo informações sobre a sua árvore genealógica; estas informações são importantes devido à crença na possibilidade da salvação dos antepassados, através do batismo vicário feito pelos seus descendentes. Os membros da igreja acreditam que a salvação só poderá ser alcançada se os antepassados aceitarem o Evangelho no "mundo espiritual", lugar onde o espírito dos mortos aguardam a ressurreição.
História no Brasil

Templo de São Paulo em São Paulo
Templo de Campinas em Campinas.O início da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no Brasil deu-se antes da Segunda Guerra Mundial. Uma família de alemães estabeleu-se em Ipoméia, Santa Catarina. Como em solo brasileiro ainda não havia sido estabelecida a Igreja SUD, escreveram para a Primeira Presidência solicitando que lhe enviassem materiais de apoio, alem de missionários. Na época, a missão mais próxima situava-se em Buenos Aires, na Argentina, e de lá os primeiros missionários mórmons se dirigiram à Ipoméia, onde iniciaram o trabalho missionário brasileiro. Com a Segunda Guerra, entretanto, os missionarios deixaram o Brasil, e somente os membros da Igreja levaram avante o trabalho missionário.

A expansão da Igreja reiniciou-se logo após o término da guerra, quando a Igreja tornou a enviar missionários, desta vez para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Um pouco mais tarde, a Igreja iniciou o trabalho do proselitismo em Goiás, Amazonas e Pernambuco.

Cronologia
1913 - Família Zapf: Batizados na Alemanha, a família Zapf, composta por Auguste, sua esposa e seus dois filhos, emigrou para o Brasil em 1913 e tornou-se os primeiros santos dos últimos dias no Brasil.
1923 - Neste ano, o casal Lippelt, da Alemanha, emigrou para o Brasil. Tiveram contato com a presidência da Igreja nos Estados Unidos e solicitaram os primeiros missionários para o Brasil.
1928 - O presidente Stoolf, da missão sul-americana, visitou o Brasil pela primeira vez. Os élderes Schindler e Heinz foram os primeiros missionários a chegarem no país, em 17 de setembro de 1928.
1929 - A família Sell é batizada na Igreja, em Joinville - SC. São os primeiros a serem batizados no Brasil.
1930 - O Brasil recebe o primeiro prédio da igreja, construída em Ipoméia (SC).
1931 - É dedicada a primeira capela da igreja, em 25 de outubro, na cidade de Joinville-SC.
1933 - É organizada a primeira Sociedade de Socorro no Brasil, em Joinville. Na ocasião, estavam presentes 24 irmãs da igreja.
1935-1938 - É criada a primeira missão brasileira, com sede em São Paulo. Rulon S. Howells é o presidente. O idioma falado pelos missionários era o alemão. O total de membros da igreja no Brasil era de apenas 143 membros. A obra da igreja se expande para o Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
1939-1942 - O Livro de Mórmon é traduzido para o português, em 1939. O governo brasileiro proíbe a fala do idioma alemão em público e a Igreja passa a falar o idioma português. Também foi publicado para o português o primeiro panfleto de Joseph Smith, restaurador da Igreja. Em 1940, a Igreja se expande para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Em 1941, a Igreja iniciou a retirada dos missionários americanos, devido a Segunda Guerra Mundial. Eles só retornaram em número considerável em 1946.
1943-1945 - Willian W. Seegmiller é o presidente da missão brasileira. Devido a Segunda Guerra Mundial, muitos ramos foram fechados no Brasil. O primeiro ramo reorganizado foi o de Campinas, em 14 de novembro de 1943, com o irmão João Serra como presidente.
Também durante a Segunda Guerra, o irmão George Lippelt foi chamado para presidir o ramo de Ipoméia, sendo o único membro a falar o português. No final de de 1943, a maior parte dos missionários partiu do Brasil e o trabalho de proselitismo foi mínimo.

1946-1949 - Harold M. Rex, antigo missionário da missão brasileira, retorna ao país como presidente da missão. No fim de 1945, o presidente declara que todos os missionários servindo no país devem falar obrigatoriamente o português. Foram reiniciadas as atividades do proselitismo. Os missionários americanos retornaram ao Brasil e muitos ramos foram reabertos. Em meados de 1947, o Brasil possuía 25 missionários. Em 1° de janeiro de 1948, foi publicada A Gaivota, primeira revista oficial da Igreja no Brasil e que, posteriormente, teve seu nome alterado para A Liahona. Em 1948, aumentou o número de missionários chamados para o Rio de Janeiro. Em 1949, a Igreja possuía 648 membros no Brasil.
1950-1953 - Novamente, o casal Howells retorna ao Brasil para liderar a missão brasileira. De imediato, o presidente Howells expande a Igreja para o Amazonas, Goiás, Pernambuco e Pará. Em São Paulo, a Igreja compra o prédio da rua itapeva para a sede da missão. Doutrina e Convênios, Pérola de Grande Valor e Jesus O Cristo são traduzidos para o português por Roberta Mcknight Hunt. É publicada a primeira edição de A Liahona em 1951.
1954-1958 - O presidente David O. McKay visitou o Rio de Janeiro e São Paulo e realizou uma conferência. Havia 15 ramos e 51 portadores do Sacedórcio de Melquisedeque.
88 pessoas são batizadas em 1954. Foram abertos novos ramos, passando de 23 para 33. O principal ramo aberto é em Manaus (AM).

1959-1963 - O élder Harold B. Lee, do Quórum dos Doze Apóstolos, veio ao Brasil e criou a missão brasileira do Sul, em 30 de setembro de 1959, com sede em Curitiba. A missão abrangia os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Havia 11 ramos e 1.400 membros nesta missão. Em 22 de outubro de 1959 foram organizados os distritos de Porto Alegre (mais de 260 membros), Joinville (mais de 200 membros) e Curitiba (mais de 550 membros). Em 1° de novembro de 1959 foi organizado o distrito de São Paulo, com 9 ramos e 1.028 membros. A capela de Pinheiros e a casa da missão, situadas na rua iguatemi, foram inauguradas em 18 de fevereiro de 1962.
Em 1961, o élder Ezra Taft Benson desembarcou em Brasília em caráter oficial e participou de uma conferência com Juscelino Kubitschek, presidente brasileiro da época. Em dezembro de 1962 a Igreja contava com 6.747 membros, 43 ramos e 9 edifícios próprios.

1964-1967 - Em 1964, o presidente Paulsen construiu e dedicou quatro novas capelas e iniciou a construção de mais cinco.
A Igreja se expande para o Alagoas, Paraíba, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte. Em 1965 a Igreja possuia 19.050 membros brasileiros. Em 1° de maio de 1966, foi organizada a Estaca São Paulo Brasil sob a direção dos élderes Spencer W. Kimball e Franklin D. Richards. Cerca de 40 magníficos edifícios da Igreja foram construídos em 1967, intensificando o progresso da Igreja.

1968-1972 - A sede da MIssão brasileira do Sul mudou-se definitivamente para Porto Alegre em 1968. A partir de julho do mesmo ano, a missão limita-se aos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em 7 de julho de 1968 foi criada a Missão Brasileira do Norte, com sede em Recife. A missão brasileira do Norte abrangia Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Juiz de Fora, Recife e Rio de Janeiro. Apesar de as cidades serem distantes entre si, a obra progrediu mesmo com as dificuldades nas comunicações e distância. A missão brasileira passa a se chamar missão central, que incluía os estados de São Paulo e Paraná e o sul do Mato Grosso. Em junho de 1970, o Brasil tinha 35.547 membros da Igreja, 3 missões e 2 estacas. Em 6 de setembro de 1971, com a presença do élder Gordon B. Hinckley, foi criada a Estaca São Paulo Sul (unidades do ABC e Baixada Santista). Ainda em 1971, teve início o Programa do Seminário e do Instituto do Sistema Educacional da Igreja. A Missão Brasileira do Sul passa a se chamar Missão Brasil Sul e a Missão Brasileira do Norte passa a se chamar Missão Brasil Norte. Em 22 de outubro de 1972 é criada a primeira estaca do Rio de Janeiro. É dividida a missão Brasil Central, dando origem às missões Brasil Central Sul e Brasil Central Norte.

1973-1978 - O programa do Seminário e Instituto chegou a Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Recife e em todas as cidades que continham a igreja nos estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Em 1975, acontece a grande conferência dos santos, no Palácio do Anhembi, em São Paulo. Nessa ocasião, foi anunciado aos santos a construção do Templo de São Paulo, o primeiro templo da Igreja no Brasil e na América Latina. O Templo de São Paulo foi dedicado em 31 de outubro de 1978 pelo presidente Spencer W. Kimball. Ainda em 1978, foi organizada a Estaca Manaus, a primeira estaca do Amazonas e da região norte. Contava com 4 ramos e 1 ala e aproximadamente 1.325 membros.
1979-1989 - Em 6 de agosto de 1980 foi dedicado o edifício dos escritórios administrativos da Igreja. Em 12 de outubro o apóstolo Ezra Taft Benson ordenou que missionários fossem pregar o evangelho no Distrito Federal por inteiro. Em 31 de outubro do mesmo ano, foi criada a primeira estaca do nordeste brasileiro, a Estaca Recife.
Em 1989, o presidente brasileiro José Sarney recebeu um Livro de Mórmon das mãos do profeta Gordon B. Hinckley

2000 - É dedicado o Templo de Recife e o Templo de Porto Alegre.
2002 - É dedicado o Templo de Campinas (SP).
2007 - É anunciado a construção do Templo de Manaus, o primeiro templo na Regão norte e na Amazônia.
2008 - É dedicado o Templo de Curitiba

Doutrina e postura






Estátua de Cristo no Centro de Visitantes na Praça do Templo de Salt Lake City











Livro de Mórmon, edição de 1980Joseph Smith Jr. resumiu a doutrina da Igreja em treze pontos fundamentais conhecidos como e os publicou no artigo Regras de Fé, a saber:

1.Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo.
2.Cremos que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão.
3.Cremos que por meio da Expiação de Cristo, toda a humanidade pode ser salva por obediência às leis e ordenanças do Evangelho.
4.Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evangelho são: primeiro, Fé no Senhor Jesus Cristo;segundo, Arrependimento;terceiro, batismo por imersão para a remissão de pecados; quarto, Imposição de mãos para o dom do Espírito Santo.
5.Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e pela imposição de mãos, por quem possua autoridade, para pregar o Evangelho e administrar as suas ordenanças.
6.Cremos na mesma organização que existia na igreja Primitiva, isto é: apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.
7.Cremos no dom de línguas, profecia, revelação, visões, cura, interpretação de línguas, etc.
8.Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que esteja traduzida corretamente; cremos também ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus.
9.Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora, e cremos que ainda revelará muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus.
10.Cremos na coligação literal de Israel e na restauração das Dez tribos, que Sião (a Nova Jerusalém) será contruída no continente americano; que Cristo reinará pessoalmente na Terra; e que a Terra será renovada e receberá a sua glória paradisíaca.
11.Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem.
12.Cremos na submissão a reis, presidentes, governantes e magistrados, na obediência, honra e manutenção da lei.
13.Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os homens; na realidade podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo: Cremos em todas as coisas, confiamos em todas as coisas, suportamos muitas coisas e esperamos ter a capacidade de tudo suportar. Se houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos.


Crenças básicas
Deus é nosso Pai Celestial. Ele nos ama e deseja que voltemos a Ele.
Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele é nosso Salvador. Ele nos redime da morte proporcionando a Ressurreição. Ele nos salva do pecado quando nos arrependemos.
Que Deus e Jesus Cristo são dois Seres separados e ressurretos.
Por meio da Expiação de Jesus Cristo, podemos voltar a viver com Deus se guardarmos Seus mandamentos.
A queda de Adão e Eva foi necessária para toda a humanidade.
O Espírito Santo nos ajuda a reconhecer a verdade.
Adão, em sua pré-existência, foi o arcanjo Miguel.
Os primeiros princípios e ordenanças do evangelho são fé em Jesus Cristo, arrependimento, batismo, e recebimento do dom do Espírito Santo.
A autoridade do sacerdócio de Deus existe hoje em Sua Igreja, da mesma forma que na Igreja original.
Adão já batizava em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrinas & Convênios e a Pérola de Grande Valor, são a Palavra de Deus.
Deus revela Sua vontade aos profetas hoje em dia, da mesma forma que o fazia antigamente.
Nossa vida tem um propósito sagrado.
Joseph Smith foi o primeiro profeta após a morte de Jesus Cristo e seus apostolos. Após ele outros homens vêm sendo chamados e ordenados por Deus, para guiar e orientar os santos de acordo com a autoridade recebida por Deus para agir em seu nome.
As famílias podem ficar juntas para sempre.
Os mortos podem ser batizados por procuração.
Por meio do serviço aos outros, podemos experimentar a alegria e ficar mais perto de Deus.

Lei da castidade
A igreja incentiva os seus membros a serem castos e puros em relação aos seus apetites carnais. Desde pequeno é ensinado aos membros a manterem-se puros e com uma conduta honesta e casta, ou seja, que se abstenham de relações sexuais até ao casamento consumado. E durante o casamento só pode manter relações com o seu cônjuge legalmente casada com o direito civil. Desta forma, a igreja visa manter casais mórmons fiéis e preservar a integridade da família. A violação desta lei pode trazer sérias conseqüências para sua vida pessoal, paz interior e espiritual, integridade, e eventualmente acontecer a suspensão ou excomunhão do membro infrator.


Disciplina e conduta
Oram à Deus em nome de Jesus Cristo em uma oração pessoal e familiar. A oração é feita frequentemente e de acordo com a necessidade do membro. Oram também, durantes as reuniões. Diariamente, os membros estudam as escrituras em suas casas. Cumprem a lei do dízimo e oferecem 10% do seu rendimento como oferta, uma vez por mês. Ao primeiro sábado do mês, realizam um jejum de 24 horas, onde se abstêm tanto de comida como de água. O dinheiro que seria gasto no consumo de alimentos durante o jejum, é doado à pessoas pobres.


Palavra de Sabedoria
A Palavra de Sabedoria é o nome dado a uma parte do livro de Doutrina e Convênios, escrito por Joseph Smith em 1833, que descreve o código da saúde recomendado pela Igreja. A aderência às proibições de consumo de bebidas alcoólicas, café, chá preto, tabaco e uso e tráfico de drogas ilícitas é um pré-requisito para o batismo na igreja e para os membros entrarem no templo da igreja e comprometerem-se a uma expressão de Deus.

A Palavra de Sabedoria é justificada com base na analogia que o corpo de um indivíduo está representando o templo de Deus. Inclui uma lista de recomendações alimentares, incluindo o uso freqüente de grãos, frutas, legumes e pouco consumo de carnes. Ao longo dos anos, a Igreja adicionou dicas para manter a saúde, que foram acrescentadas e são consideradas parte da Palavra de Sabedoria. Algumas sugestões incluem o exercício regular, a melhoria da saúde física e mental, estudo diário das escrituras e educação do páis onde residem, etc. Na conferência geral da Igreja SUD de 9 de setembro de 1851, Brigham Young declarou que as recomendações dentro da Palavra de Sabedoria estavam sendo tomadas para todas as ordens aos santos dos últimos dias. A Palavra de Sabedoria é considerado um princípio, com a promessa de incluir bênçãos espirituais para aqueles que cumprem a Palavra de Sabedoria.


Aborto
A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias Santos opõe-se ao aborto. No entanto, aceita o aborto em casos limitados, por exemplo, se a concepção foi causada por estupro ou incesto, quando a mãe da vida está em perigo, de acordo com a autoridade médica competente e, quando for demonstrado que o feto padece de graves defeitos que não lhe permitem viver após o nascimento. Ainda assim, nestes casos, recomenda-se que a mãe deve pensar e explorar, juntamente com sua família e líderes da igreja, a orientação de Deus antes de tomar uma decisão. A Igreja oferece adoção, especialmente para casais que têm dificuldade em ter filhos, e assim o exigem.


Aspectos gerais

Alguns membros usam um anel, com as letras "CTR" significando "Conserva Tua Rota", que serve como lembrança de guardar os mandamentos.Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias a Igreja é formado por cada membro digno, independente de formação eclesiástica específica. "Para que a plenitude do meu evangelho seja proclamada pelos fracos e pelos simples aos confins da Terra e perante reis e governantes." (Doutrina e Convênios/ Seção 1 versículo 23.)

Na Igreja, servem homens e mulheres em cargos de liderança, cada membro é incentivado a "crescer em graça e sabedoria" e se capacitar a servir na Igreja, entretanto o Sacerdócio é dado somente aos homens dignos da Igreja. A partir dos 12 anos, todo membro do sexo masculino, considerado digno, pode ajudar a cuidar dos vários deveres da igreja. Aos 12 anos, o jovem pode ser ordenado ao Sacerdócio Aarônico (ou 'menor') e, aos 18 anos o Sacerdócio de Melquisedeque (ou 'maior').

Os cargos eclesiásticos na Igreja são voluntários e não são remunerados. Apenas os cargos administrativos (ocupados por membros ou não, como funcionários registrados) recebem remuneração pelo seu serviço (Engenheiros Civis, Pedreiros, Administradores etc.). Alguns missionários que atuam em tempo integral recebem ajuda de custo (alimentação e moradia) mas eles são incentivados a custear sua própria missão. As famílias dos Santos dos Últimos Dias participam nos muitos programas patrocinados pela congregação em sua localidade, ou Ala. Em nível congregacional, os élderes, os bispos e os presidentes das estacas (distritos) supervisionam os bem-organizados assuntos da Igreja. Um conselho de 12 apóstolos viajantes, cuja sede para reuniões fica em Salt Lake City, tem jurisdição mundial. Por fim, o presidente da Igreja — apoiado como profeta, vidente e revelador — e dois conselheiros compõem o corpo que preside a igreja, chamado de Primeira Presidência.
Várias ordenanças afetam a vida dos mórmons devotos. O batismo por imersão, que significa arrependimento e obediência, pode ocorrer depois que o membro completa oito anos (idade em que a criança já tem alguma capacidade de escolher). Depois disso os membros podem participar de ordenanças nos Templos da Igreja (atualmente pouco mais de cem em todo o mundo, sendo 5 no Brasil), tal como o Templo de Salomão[carece de fontes?]. A cerimônia da investidura no templo envolve uma série de convênios. O casamento no Templo, também conhecido como "selamento", é considerado o mais desejável dos convênios realizados por um mórmon. Eles acreditam que ao fazer e honrar esse convênio transforma o seu casamento civil (e temporal) em eterno, ou seja, "para o tempo e para toda a eternidade" e não "até que a morte os separe".

Crêem que cada ser humano, por ser um filho de Deus, tem potencial para ser um deus depois da ressurreição e depois de sua exaltação, e que todos nasceram e viveram nos céus junto ao Deus Supremo e Exaltado (que outrora também fora humano). "O próprio Deus já foi como nós somos agora — ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes!" - (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith, pp. 336) Crêem que para progredir, devem vir a Terra e viver nela.

Existem várias ramificações do movimento dos Santos dos Últimos Dias, que se formaram após a morte do Profeta Joseph Smith e perduraram até a presente data, sendo outra delas (além de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), A Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mudado posteriormente o nome para Comunidade de Cristo, que também acreditam no Livro de Mórmon e em Doutrina e Convênios, com exceção das ordenanças pelos mortos, já que alegam que foi uma revelação local para aquela época e não para toda a Igreja[carece de fontes?]. Também os Mórmons Fundamentalistas, outra ramificação que perdurou até os dias de hoje. Esses últimos acreditam na lei bigama revelada a Joseph Smith e até a presente data continuam praticando a poligamia secretamente em Utah e outros estados vizinhos, embora a lei americana proíba tal prática[carece de fontes?].


Organização e liderança da Igreja


Quórum dos Doze Apóstolos
Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Quórum dos Doze Apóstolos existe desde a sua restauração. Quando da morte de Joseph Smith Jr. em 1844, o Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos era Brigham Young. Recebendo a responsabilidade de presidir a Igreja, Young enfatizou que, conforme a autorização de Joseph Smith, o Quórum dos Doze seria o governo central da Igreja sob a Primeira Presidência.

Historicamente, o membro mais antigo do Quórum dos Doze Apóstolos é também o Presidente do mesmo e assume a presidência da Igreja quando o presidente falece, deixando a presidência desse quorum para o 2° apóstolo mais velho, mesmo assim precisa receber o apoio de todos os outros apóstolos, logo então é apresentado a todos os membros da igreja , na primeira oportunidade de Conferência Geral que é dividida em duas partes, (a primeira acontece no primeiro domingo do mês de abril e a segunda parte no primeiro domingo do mês de outubro)e pedido seu apoio, como acontece em todo chamado da igreja. O presidente então escolhe dois conselheiros. Este segundo membro mais velho então é designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, e um novo apóstolo é chamado. Nos casos em que o segundo membro mais velho é chamado como conselheiro, um presidente interino é chamado dentre os doze apóstolos.


Membros do Quórum dos Doze original, antes de 1844
Esta é a lista de membros do quórum antes de 1844. A lista incluí a data em que cada apóstolo foi ordenado. Em alguns casos, a data de batismo é usada, pois a data de ordenação é desconhecida. Em negrito, apóstolos que se tornaram presidentes da Igreja.

Joseph Smith Jr., profeta, vidente e revelador e primeiro Presidente da Igreja




Brigham Young, segundo Presidente da IgrejaJoseph Smith, Jr (6 de Abril de 1830)






Thomas B. Marsh (26 de Abril de 1835)
David W. Patten (15 de Fevereiro de 1835)
Brigham Young (14 de Fevereiro de 1835)
Heber C. Kimball (14 de Fevereiro de 1835)
Orson Hyde (15 de Fevereiro de 1835)
William E. McLellin (15 de Fevereiro de 1835)
Parley P. Pratt (21 de Fevereiro de 1835)
Luke S. Johnson (15 de Fevereiro de 1835)
William Smith (15 de Fevereiro de 1835)
Orson Pratt (26 de Abril de 1835)
John F. Boynton (15 de Fevereiro de 1835)
Lyman E. Johnson (14 de Fevereiro de 1835)
John E. Page (19 de Dezembro de 1838)
John Taylor (19 de Dezembro de 1838)
Wilford Woodruff (26 de Abril de 1839)
George A. Smith (26 de Abril de 1839)
Willard Richards (14 de Abril de 1840)
Lyman Wight (8 de Abril de 1841)
Amasa M. Lyman (Agosto de 1842)



1844 à atualidade
Lista dos Membros do Quórum dos Doze Apóstolos

Esta é a lista dos membros do Quórum na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias ordenados depois de 1844, listados com a data de suas ordenações. Em alguns casos, a data de batismo é usada, pois a data de ordenação é desconhecida. Em negrito, os Apóstolos que foram chamados como presidentes da Igreja.

Ezra T. Benson (16 de Julho de 1846)
Charles C. Rich (12 de Fevereiro de 1849)
Lorenzo Snow (12 de Fevereiro de 1849)
Erastus Snow (12 de Fevereiro de 1849)
Franklin D. Richards (12 de Fevereiro de 1849)
George Q. Cannon (26 de Agosto de 1860)
Joseph F. Smith (1 de Julho de 1866)
Brigham Young, Jr. (4 de Fevereiro de 1864)
Albert Carrington (3 de Julho de 1870)
Moses Thatcher (9 de Abril de 1879)
Francis M. Lyman (27 de Outubro de 1880)
John Henry Smith (27 de Outubro de 1880)
George Teasdale (16 de Outubro de 1882)
Heber J. Grant (16 de Outubro de 1882)
John W. Taylor (15 de Maio 1884)
Marriner W. Merrill (7 de Outubro de 1889)
Anthon H. Lund (7 de Outubro de 1889)
Abraham H. Cannon (7 de Outubro de 1889)
Matthias F. Cowley (7 de Outubro de 1897)
Abraham O. Woodruff (7 de Outubro de 1897)
Rudger Clawson (10 de Outubro de 1898)
Reed Smoot (8 de Abril de 1900)
Hyrum Mack Smith (24 de Outubro de 1901)
George Albert Smith (8 de Outubro de 1903)
Charles W. Penrose (7 de Julho de 1904)
George F. Richards (9 de Abril de 1906)
Orson F. Whitney (9 de Abril de 1906)
David O. McKay (9 de Abril de 1906)
Anthony W. Ivins (6 de Outubro de 1907)
Joseph Fielding Smith (7 de Abril de 1910)
James E. Talmage (8 de Dezembro de 1911)
Stephen L. Richards (18 de Janeiro de 1917)
Richard R. Lyman (7 de Abril de 1918)
Melvin J. Ballard (7 de Janeiro de 1919)
John A. Widtsoe (17 de Março de 1921)
Joseph F. Merrill (8 de Outubro de 1931)
Charles A. Callis (12 de Outubro de 1933)
J. Reuben Clark (11 de Outubro de 1934)
Alonzo A. Hinckley (11 de Outubro de 1934)
Albert E. Bowen (8 de Abril de 1937)
Sylvester Q. Cannon (14 de Abril de 1938)
Harold B. Lee (10 de Abril de 1941)
Spencer W. Kimball (7 de Outubro de 1943)
Ezra Taft Benson (7 de Outubro de 1943)
Mark E. Petersen (20 de Abril de 1944)
Matthew Cowley (11 de Outubro de 1945)
Henry D. Moyle (10 de Abril de 1947)
Delbert L. Stapley (5 de Outubro de 1950)
Marion G. Romney (11 de Outubro de 1951)
LeGrand Richards (10 de Abril de 1952)
Adam S. Bennion (9 de Abril de 1953)
Richard L. Evans (8 de Outubro de 1953)
George Q. Morris (8 de Abril de 1954)
Hugh B. Brown (10 de Abril de 1958)
Howard W. Hunter (15 de Outubro de 1959)
Gordon B. Hinckley (5 de Outubro de 1961)
N. Eldon Tanner (11 de Outubro de 1962)
Thomas S. Monson (10 de Outubro de 1963) (Vivo)
Boyd K. Packer (9 de Abril de 1970) (Vivo)
Marvin J. Ashton (2 de Dezembro de 1971)
Bruce R. McConkie (12 de Outubro de 1972)
L. Tom Perry (11 de Abril de 1974) (Vivo)
David B. Haight (8 de Janeiro de 1976)
James E. Faust (1 de Outubro de 1978)
Neal A. Maxwell (23 de Julho de 1981)
Russell M. Nelson (7 de Abril de 1984) (Vivo)
Dallin H. Oaks (3 de Maio 1984) (Vivo)
M. Russell Ballard (10 de Outubro de 1985) (Vivo)
Joseph B. Wirthlin (9 de Outubro de 1986)
Richard G. Scott (6 de Outubro de 1988) (Vivo)
Robert D. Hales (7 de Abril de 1994) (Vivo)
Jeffrey R. Holland (23 de Junho de 1994) (Vivo)
Henry B. Eyring (6 de Abril de 1995) (Vivo)
Dieter F. Uchtdorf (7 de Outubro de 2004) (Vivo)
David A. Bednar (7 de Outubro de 2004) (Vivo)
Quentin L. Cook (7 de Outubro de 2007) (Vivo)
D. Todd Christofferson (6 de Abril de 2008) (Vivo)



Membros atuais
Atualmente, são estes os membros do Quórum dos Doze Apóstolos:

1.Élder Boyd K. Packer - (ordenado Apóstolo Em 1970), Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos desde 3 de Fevereiro de 2008
2.Élder L. Tom Perry (Ordenado em 1974)
3.Élder Russell M. Nelson (1984)
4.Élder Dallin H. Oaks (1984)
5.Élder M. Russell Ballard (1985)
6.Élder Richard G. Scott (1988)
7.Élder Robert D. Hales (1994)
8.Élder Jeffrey R. Holland (1994)
9.Élder David A. Bednar (2004)
10.Élder Quentin L. Cook (2007)
11.Élder D. Todd Christofferson (2008)
12.Élder Neil L. Andersen (2009)

A Primeira Presidência têm três apóstolos como seus membros mas eles não fazem parte do Quórum dos Doze. Thomas S. Monson é Presidente da Igreja e na Primeira Presidência, com Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro, e Dieter F. Uchtdorf, Segundo Conselheiro.


David A. Bednar, Apóstolo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos DiasBoyd K. Packer é o Presidênte do Quórum dos Doze Apóstolos. Como regra geral, ele é o sucessor de Thomas S. Monson na Presidência da Igreja.

Quando o Presidente do Quórum dos Doze serve como Conselheiro na Primeira Presidência, ele não serve ativamente neste chamado e não é contado no Quórum dos Doze Apóstolos. Quando um Apóstolo é chamado como conselheiro, outro Apóstolo é designado para completar o quórum e um dos integrantes desse quórum é apontado como Presidente Interino em seu lugar.

Com a morte do Pres. Gordon B. Hinckley e conseqüente chamado do Élder Dieter F. Uchtdorf para compor a Primeira Presidência, o Quórum dos Doze ficou incompleto até o apoio de D. Todd Christofferson, durante a sessão de sábado (5 de Abril de 2008) da 178ª Conferencia Geral Anual da Igreja, para compor o Quórum dos Doze.

Os setenta
Existe também na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Quórum dos Setenta (que deve ter no máximo setenta componentes). Os santos dos últimos dias clamam ser esta a mesma organização instituída por Jesus Cristo durante seu ministério na Palestina, quando chamou setenta homens para pregar o evangelho.

Na Bíblia: "Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir." (Bíblia Evangelho de Lucas 10:1)

Em Doutrina e Convênios: "Os Setenta também são chamados para pregar o evangelho e ser testemunhas especiais junto aos gentios e em todo o mundo — diferindo assim dos outros oficiais da igreja nos deveres de seu chamado." (Doutrina e Convênios Seção 107:25)

Com o crescimento da Igreja, existe mais de um Quórum de Setentas, sendo parte deles com componentes que servem exclusivamente à Igreja até o fim de suas vidas, em outros Quóruns os membros servem temporariamente, podendo ser desobrigados após um tempo de serviço voluntário.

Cada Setenta tem o título de "Elder" (traduz-se presbítero ou ancião em português, mas a igreja usa a palavra elder para identificar estes oficiais). O termo Elder nada mas é do que uma referência ao ofício do Sacerdócio ao qual portam. Servem em diversas partes do mundo, recebendo instruções do quórum dos doze apóstolos e do profeta vivo, repassando essas instruções às autoridades locais da Igreja (Presidentes de Estaca ou Distrito, e Bispos ou Presidentes de Ramo).


Cultura
Devido às diferenças no estilo de vida promovida pela doutrina da Igreja e da história, uma cultura distinta tem crescido em torno de membros da igreja. É sobretudo concentrado no Ocidente, mas como membros da igreja se concentram em todo o mundo, muitas das suas práticas mais distintivas, como seguir a palavra de sabedoria, revelou uma lei ou código (D&C 89), semelhante ao capítulo 11 de Levítico, na Bíblia, que proíbe o consumo de tabaco, álcool, café e chá, e outras substâncias que causam dependência. Como resultado da palavra de sabedoria, a cultura em algumas áreas do mundo, com uma alta concentração de membros da igreja, tende a ser refletida.

Reuniões e programas extensivos são realizadas regularmente e se tornaram parte da cultura dos santos dos últimos dias.


Casa e família
Quatro vezes por ano, as mulheres adultas (membros da Sociedade de Socorro) freqüentam a casa de uma família em busca de enriquecimento espititual. A reunião pode ser constituída por um projeto de serviço (quando as mulheres se organizam e ajudam a família na organização do lar) ou assistir a um evento social. A Sociedade de Socorro também oferecem atividades complementares para as mulheres com as mesmas necessidades e interesses.


Eventos e encontros sociais
Além destas reuniões regulares, reuniões adicionais são freqüentemente realizadas na Igreja. Auxiliares oficiais da liderança podem realizar reuniões ou treinamentos para membros da igreja. A reunião é dependendo de cada situação. A igreja oferece também bailes, jantares, festas e apresentações musicais. A Organização dos Rapazes e Moças, uma das organizações estruturais da igreja, realiza uma vez por ano uma atividade onde os jovens aprendem técnicas de escotismo e progresso pessoal. Outras atividades populares são o aprendizado de técnicas de basquete (para jovens) história familiar, conferências, devocionais (para jovens e membros solteiros). Membros da igreja também podem utilizar o edíficio da igreja para casamentos, recepções e funerais.


Meios de Comunicação e Artes
A cultura criou importantes oportunidades de negócio para os santos dos últimos dias na mídia independente. A maior parte dessas comunidades são na área de cinema, websites, arte gráfica, fotografia e pinturas. A igreja possui uma cadeia de livrarias chamados "Deseret Book", localizada em Salt Lake City, EUA e que proporcionam um canal através de publicações, que são vendidas. Alguns dos títulos que se tornaram populares fora da comunidade SUD são as novelas "Glória" e o filme The Other Side of Heaven (O Outro Lado do Céu). Uma série de obras foram bem sucedidos apenas no seio da comunidade mórmon. Estas obras geralmente pronunciamos sobre a cultura mórmon ou são de interesse histórico ou são ficção histórica. A BYU TV, canal de televisão patrocinado pela igreja, vai ao ar em várias redes.

Antrinitarismo

Cristadelfianos

Os Cristadelfianos (Irmãos e Irmãs em Cristo) constituem uma denominação cristã, unitaria, que se desenvolveu no Reino Unido e América do Norte no Século XIX. Existem aproximadamente 50.000 Cristadelfianos em 130 países.
Crenças
Os Cristadelfianos afirmam basear as suas crenças inteiramente na Bíblia e não aceitam outros textos como sendo inspirados por Deus. Acreditam que Deus é o criador de todas as coisas e o Pai dos verdadeiros crentes. Deus e Jesus Cristo não são um ser, mas dois. Entendem que o Espírito Santo não é uma pessoa, mas sim o poder de Deus usado na criação e para a salvação, tendo sido concedido a certos crentes, para propósitos específicos, em algumas épocas da história.

Crêem que Jesus é o prometido Messias, no qual as profecias e promessas do Antigo Testamento (particularmente aquelas feitas a Abraão e David) são cumpridas. Encaram-no como Filho do Homem, pois herdou a natureza de sua mãe, e também Filho de Deus por virtude da sua concepção milagrosa pelo poder de Deus, conforme referido na Bíblia. Embora tentado, não cometeu pecados, tornando-se um perfeito sacrifício representativo para trazer salvação à humanidade pecadora. Coforme o entendem da Bíblia, Deus ressuscitou Jesus à imortalidade, tendo ascendido ao céu, a morada de Deus. Os Cristadelfianos acreditam que Jesus irá voltar à Terra, em pessoa, para estabelecer o Reino de Deus, cumprindo assim as promessas feitas a Abraão e ao Rei David. Crêem que esse Reino estará centrado em Israel, mas que Jesus reinará sobre todas as nações da Terra sendo Jerusalém a sua capital.

Os Cristadelfianos ensinam que alguém só pode tornar-se discípulo de Cristo por crer nos seus ensinos, por meio do arrependimento e através de imersão total em água. Para eles, o batismo não deve ser administrado a bebés mas apenas aos que têm idade suficiente para perceber as suas acções. Embora salvos pela fé na graça de Deus, a fé verdadeira manifestar-se-á em obras, e assim espera-se que os crentes vivam uma vida consistente com o ensino da Bíblia.

Crêem que, depois da morte, os crentes estão num estado de não-existência (também chamado de sono da alma), não tendo conhecimento de nada até à Ressurreição, quando Jesus voltar. Depois do Julgamento, os que forem aceites recebem o dom da imortalidade, e vivem com Cristo na Terra restaurada, ajudando-o a estabelecer o Reino de Deus e a reinar sobre a população mortal durante um período de mil anos, também conhecido por Milénio. Os Cristadelfianos vêem o futuro Reino de Deus como o ponto fulcral do Evangelho ensinado por Jesus e pelos apóstolos. Apontam para as profecias da Bíblia que se cumpriram, particularmente aquelas relativas às nações, como prova de que se pode confiar nas Escrituras.

Os Cristadelfianos rejeitam um número de doutrinas tradicionalmente aceites pelas denominações Ortodoxas Cristãs, nomeadamente a imortalidade da alma, a Trindade, a pré-existência de Jesus Cristo e a possessão dos dons do Espírito Santo nos nossos dias. Acreditam que, na Bíblia, onde aparecem as palavras "diabo" ou "Satanás", devem ser entendidas como o mal inerente na humanidade, ou pecado, e à inclinação dos seres humanos para desobedecerem ao Eterno Criador. Estes termos podem-se aplicar também a sistemas políticos ou a indivíduos em oposição ou conflito. O inferno é entendido como sendo simplesmente a sepultura para onde todos os homens vão, em vez de ser um lugar de tormento eterno. Os Cristadelfianos acreditam que as doutrinas que rejeitam foram introduzidas na Cristandade depois do primeiro século e que não podem ser demonstradas usando a Bíblia.

Os Cristadelfianos são objectores de consciência, mas não pacifistas. Abstêm-se do envolvimento na política, de prestar serviço militar, entrar nas forças policiais e outros grupos organizados, tais como sindicatos. Dão grande ênfase à leitura e estudo da Bíblia, à oração e à moralidade. A adoração da congregação, que geralmente acontece aos Domingos, centra-se na lembrança da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sendo que os presentes partilham o pão e vinho.


História
Houve pequenos grupos de crentes ao longo dos séculos, particularmente desde a Reforma Protestante, que mantinham pontos de vista não ortodoxos. Grupos como os Anabaptistas, Valdenses, Socinianos, Racovianos e Irmandade Polaca partilharam algumas ou até muitas crenças que vieram a ser mantidas pelos Cristadelfianos. Enumeram personalidades como Isaac Newton, Joseph Priestley, John Locke, William Tyndale como tendo tido crenças similares às dos actuais Cristadelfianos acerca da unidade de Deus, mortalidade do homem e o papel dos Judeus no propósito de Deus.

A partir de meados do Século XIX, surgiram grupos em muitas partes do Reino Unido e Estados Unidos da América que possuíam crenças similares às acima descritas e que mantinham alguma forma de relacionamento uns com os outros. De importância significativa foi a publicação em 1849 da obra de John Thomas, intitulada "Elpis Israel", onde expôs o seu entendimento das principais doutrinas da Bíblia. Até à Guerra Civil Americana, grupos associados com ele reuniam-se sob variados nomes, incluindo Crentes, Crentes Baptizados, a Real Associação de Crentes Baptizados, Crentes no Reino de Deus e Ântipas. Nessa altura, para se obter o estatuto de objector de consciência era necessário estar afiliado a uma igreja. Assim, em 1865, John Thomas para efeitos de registo escolheu o nome "Cristadelfiano". Este nome é derivado do Grego para "Irmãos em (ou de) Cristo".

No Século XIX, as igrejas Cristadelfianas cresceram rapidamente no Reino Unido, na América do Norte e através do mundo, nos locais onde se falava a língua inglesa. Desde os primeiros dias dos Cristadelfianos, muitos têm lido a Bíblia por conta própria e então entram em contacto com os Cristadelfianos, juntando-se a eles.


Cismas
Os Cristadelfianos sofreram três divisões no início da sua história quando três grupos separam-se do corpo principal.

Um certo número separou-se em 1873 e vieram a ser conhecidos como Irmandade dos Nazarenos, uma denominação religiosa ainda em existência.

Entre 1884 e 1885 surgiu uma disputa acerca da inspiração da Bíblia. Robert Ashcroft, um membro de vulto, escreveu um artigo onde desafiava a crença acerca da inspiração divina das Escrituras. Na controvérsia que se seguiu, a eclésia de Birmingham desassociou-se de Ashcroft. Alguns membros, embora não concordassem com o ponto de vista de Ashcroft acerca da inspiração, não aprovaram a forma como a aquela eclésia lidou com a situação. Este grupo veio a abandonar a eclésia de Birmingham e formou uma nova que veio a tornar-se conhecida como a eclésia de Suffolk Street. As eclésias espalhadas pelo mundo que os apoiaram tornaram-se conhecidas como a Irmandade de Suffolk Street.

A terceira divisão ocorreu em 1898 e centrou-se na doutrina do julgamento. Debatia-se se o julgamento se limitava aos crentes baptizados ou se era aplicado a todos os que ouviram a mensagem do Evangelho. A maioria, que aceitava que todos os que ouviram a mensagem do Evangelho eram responsáveis perante o Julgamento, emendaram a Declaração de Fé. Os que não aceitaram a emenda tornaram-se conhecidos como a Irmandade não emendada, do inglês Unamended Fellowship.

O grupo proveniente das Irmandade de Suffolk Street e Unamended, das quais se separaram, tornou-se conhecido como Irmandade Temperance Hall. Este sofreu mais um cisma em 1923, motivado por questões relacionadas com o serviço militar e outros assuntos. Isto resultou na formação da Irmandade Cristadelfiana de Beréia. Este grupo dividiu-se posteriormente devido a debates relacionados com o divórcio e o casar novamente, sendo que a maioria tornou-se conhecida como Cristadelfianos da Aurora, do inglês Dawn Christadelphians. No principio da década de 1950, estes grupos voltaram à Irmandade Temperance Hall, embora nem todos os Bereanos tenham concordado. Em 1957 e 1958, houve mais um grupo que voltou, a Irmandade de Suffolk Street que, por essa altura, já tinha incorporado muitos membros da Irmandade não emendada existentes fora da América do Norte. Este grupo, que agora incluía a maioria dos Cristadelfianos, tornou-se conhecido como Irmandade Central, nome adotado por causa da eclésia de Birmingham, que se designava "Central". Alguns Cristadelfianos não aceitaram esta reunião já que continuavam a crer nas razões que tinham levado aos cismas. Estes vieram a formar a Irmandade dos Velhos Caminhos, do inglês Old Paths Fellowship.

Na Irmandade Central existe alguma diversidade no que diz respeito ao estilo de adoração, procedimentos e alguns pontos doutrinários, sendo que alguns sub-grupos não confraternizam com outros. Para alguns Cristadelfianos isto parece incorrecto e é visto como desunião, enquanto outros vêm esta diversidade como um ponto forte ou, pelo menos, um beneficio. No entanto, a maioria dos Cristadelfianos afirmam que a Bíblia é o único padrão para a Verdade e assim, embora não em irmandade, aceitam que cada grupo individual actue segundo a sua consciência.

Apesar de esforços periódicos para a união, a Irmandade Amended (tal como é conhecida a Irmandade Central nos Estados Unidos) e a Unamended da América do Norte ainda estão divididas. As Irmandades Beréia, Dawn e Old Paths também continuam a existir actualmente.

Os Cristadelfianos de diferentes irmandades comunicam entre si sobre variados assuntos, usam algumas publicações uns dos outros e persistem continuadas tentativas para resolver as áreas em que então em desacordo.

O nome Cristadelfianos é um título genérico descrevendo um grupo de pessoas que partilham origens similares, mas como a história revela, têm origens e percursos bem diferentes. Para mais informação acerca das irmandades, é recomendado aos leitores lerem as entradas relevantes na Wikipédia em Inglês.


Organização
Os Cristadelfianos geralmente chamam às sua congregações "eclésias"(Salões alugados ou em casas particulares(como acontecia com os cristãos do primeiro século). Eclésias dizem vem directamente da palavra grega que é normalmente traduzida Igreja. Uma eclésia não é o edifício onde se congregam mas sim o conjunto dos crentes. Os Cristadelfianos resolveram usar a palavra Eclésia porque a palavra igreja veio a conotar um lugar físico e não os crentes ao contrário da palara quando usada no seu contexto Bíblico..)

Não existe uma organização central ou hierarquia. As eclésias são autónomas até certo ponto e a cooperação entre elas é baseada numa comum aceitação da Declaração de Fé Emendada de Birmingham. A Irmandade Unamended usa a Declaração de Fé Não Emendada. Quem quer que seja que publicamente concorda com as doutrinas descritas nesta declaração e têm um bom relato da sua eclésia anterior é bem-vindo a participar nas actividades de qualquer outra eclésia dentro da própria irmandade.

Os Cristadelfianos não têm ministro pagos. A maioria dos membros masculinos podem ensinar e ter outras actividades normalmente distribuídas de forma rotativa, em vez de existir um pregador definido. O governo da eclésia tipicamente segue o modelo democrático, com um comité eleito para cada eclésia. Este comité, não remunerado, coordena o funcionamento diário da eclésia e é responsável perante os membros da dela.

Os Cristadelfianos, baseados no seu entendimento da Bíblia, fazem distinção entre o papel dos membros masculinos e femininos. Na maioria das eclésias, as mulheres não podem ensinar nas reuniões formais quando membros masculinos estão presentes e não têm lugar nas reuniões do comité de gestão da eclésia. No entanto, elas participam nos outros comités da eclésia e em comités inter-eclésias, como por exemplo, no trabalho com os jovens, evangelismo e bem-estar dos membros. As mulheres participam também nos debates, no ensino de crianças, tocam instrumentos musicais, votam e discutem assuntos sobre negócios, pregam, ensinam os não crentes e participam na maioria das actividades.

As eclésias Cristadelfianas pregam activamente aos seus vizinhos e cooperam a nível regional, nacional, e internacional na pregação. Existem também os comités responsáveis pelo trabalho com a juventude e Escola Dominical, problemas com o serviço militar, cuidados com os idosos e trabalho humanitário. Estes comités não tem qualquer autoridade legislativa e estão dependentes do apoio da eclésia. Eclésias de uma mesma área podem regularmente ter actividades em conjunto, combinando grupos de jovens, fraternização, pregação, e estudo bíblico.

Alguns países têm escolas Cristadelfianas, embora sejam mais populares na Austrália. Centros Cristadelfianos para cuidar de idosos existem em vários países, fundados pelos próprios residentes e pela comunidade Cristadelfiana. Existem variadas revistas Cristadelfianas para membros espalhados pelo mundo incluindo "The Christadelphian", "The Testimony" e "Glad Tidings".


Trabalho com os jovens
Somente os membros baptizados, que se tratam por irmãos e irmãs, são considerados membros das Eclésias Cristadelfianas. Tanto nas reuniões de crentes ao Domingo como em outras actividades para todas as idades, os Cristadelfianos mostram interesse especial nos filhos dos membros. Em muitas igrejas existem escolas dominicais, nas quais os professores, de ambos os sexos, são membros baptizados. Escolas Dominicais geralmente têm lugar no salão da eclésia, quer durante quer depois do serviço principal de Domingo, apesaer de algumas serem realizadas apenas depois do serviço principal. Muitas eclésias têm reuniões de grupos de juventude, uma vez por semana à noite. No Reino Unido estes grupos são chamados de CYC’s (Christadelphian Youth Circles), embora o nome não seja igual em todo o mundo.

A maioria dos grupos de jovens devotam algum tempo ao estudo da Bíblia e o resto do tempo à recreação. Quando a distância não é muita os grupos de jovens com regularidade juntam-se para competir no desporto, charadas, adivinhas, entre outras actividades. Em alguns países as eclésias têm dias ou fins-de-semana especiais para a juventude. Nestes dias um membro baptizado dá várias exortações bíblicas, especialmente aos jovens que vêm de diferentes eclésias para estarem juntos. Os jovens costumam ficar hospedados nas casas dos membros baptizados da eclésia que os convidou.

Férias de grupos de jovens e Escola Dominical e fins-de-semana de estudo bíblico são também populares, reunindo jovens Cristadelfianos de todo o país. A diferença entre um fim-de-semana da juventude e férias de grupo de jovens ou semana de estudo bíblico é que o primeiro geralmente tem lugar na eclésia que acolhe o acontecimento e os últimos têm lugar em qualquer parte.

Existem também algumas revistas Cristadelfianas para jovens, incluindo "Give and Take", para idades compreendidas entre os sete e os onze anos, "The Word" e "Faith Alive".


Adoração
Os Cristadelfianos são uma denominação não-litúrgica. As eclésias Cristadelfianas são autónomas e livres para adoptarem qualquer tipo de estilo de adoração que escolherem. No entanto, há uma tendência para grande unidade em assuntos como a ordem do serviço e cânticos. Isto é sem dúvida resultado da influência de um livrinho de Robert Roberts que foi escrito no inicio da história dos Cristadelfianos chamado "Um Guia para a Formação e Conduta das eclésias Cristadelfianas" (A Guide to the Formation and Conduct of Christadelphian Ecclesias), editado em 1883, comummente chamado "O Guia Eclesial" (The Ecclesial Guide) que, entre outras coisas, sugeriu uma ordem para o serviço nas reuniões da eclésia. Este modelo foi adoptado por muitas eclésias e ainda é o modelo prevalecente.

A ordem de serviço sugerida no Guia Eclesial incluía quatro cânticos, Leitura da Bíblia, tanto do Antigo como do Novo Testamento, orações, uma exortação ou Sermão, o Partir do Pão (Ceia), bem como anúncios do bem estar dos membros e das actividades da eclésia. Este modelo de adoração parece ter sido influenciado em certa medida pelas tradições das denominações de onde o Cristadelfianismo obteve os seus membros. A adoração Cristadelfiana é assim muito similar ao Presbiterianismo,Baptistas, Congregacionalismo, Metodismo, Discípulos de Cristo e Igrejas de Cristo.


Hinários e outras manifestações artistícas
Os hinários Cristadelfianos fazem uso considerável dos hinários das tradições Anglicana e Protestante, o que explica que mesmo nas eclésias da América do Norte os hinários são tipicamente mais Britânicos que Americanos. Em muitos hinários, a grande maioria de hinos são tirados do Saltério, possivelmente reflectindo as raizes Prebiterianas de John Thomas e Robert Roberts. O primeiro livro de hinos foi publicado especificamente para uso dos "baptizados crentes no Reino de Deus", o nome original dos Cristadelfianos, por George Dowie, em Edinburgo, em 1864. Cinco anos mais tarde Robert Roberts, também escocês, publicou uma colecção de salmos escocêses e hinos chamado "A Harpa Dourada". A revista "The Christadelphian" e Associação de Publicações (antigamente chamada de "O gabinete Cristadelfiano") publicou livros de hinos em 1884, 1932, 1964 e 2000. Enquanto alguns hinos nestes livros foram escritos por Cristadelfianos, a maioria dos hinos são da autoria de religiosos Protestantes incluindo Isaac Watts, Charles Wesley, William Cowper e John Newton. O autor Cristadelfiano com mais hino publicados foi David Brown com seis hinos na edição de 1964. Algumas irmandades Cristadelfianas publicaram os seus próprios livros de hinos, como por exemplo o "The Berean Christadelphian Hymn Book", e algumas ainda usam a edição de 1932. As eclésias que continuam a usar as edições antigas do Livro de Hinos Cristadelfiano fazem-no mais por motivos doutrinais do que devido ao estilo musical.

Mais recentemente tem havido um movimento em alguns círculos Cristadelfianos para formas de adoração mais contemporâneas. A publicação e uso generalizado de "Praise the Lord", publicado por Hoddesdon Christadelphians, em 1993, permitiu aos Cristadelfianos ter acesso fácil a cânticos e hinos contemporâneos que estão de acordo com a teologia Cristadelfiana. Isto facilitou também o uso mais frequente de instrumentos musicais para além de pianos e orgãos, e o envolvimento de mais músicos, vocalistas e líderes de adoração na adoração congregacional. Algumas agrupamentos musicais, tal como a banda Cristadelfiana de folk rock "Fisher’s Tale" também surgiu em anos recentes. Na Austrália, a instituição "Christadelphian Arts Trust" foi estabelecida em 1995 com o propósito de apoiar artes visuais, dramática, musicais e de representação assim como conduzir seminários sobre adoração e autoria de canções.

Antitrinitarismo

Adocionismo

Adocionismo (português brasileiro) ou Adopcionismo (português europeu), também chamado de adocianismo, é uma visão teológica do Cristianismo Primitivo, que professa que Jesus nasceu humano, tornando-se posteriormente divino por ocasião do seu batismo, ponto em que foi adotado como filho de Deus.

Esta é uma das duas manifestações do monarquianismo; a outra é o modalismo, que trata o "Pai" e o "Filho" como dois modos do mesmo sujeito. O adocionismo entende que Cristo, como Deus, foi feito Filho de Deus pela geração e pela natureza, mas Cristo, como homem, é o Filho de Deus apenas pela adoção e graça, dispensada no momento de seu batismo.

O adocionismo é próprio do pensamento cristão primitivo. Havia, ao menor, duas concepções mais ou menos semelhantes (não necessariamente opostas) as quais devem emanar do seguinte:

No pensamento judeu, o Messias é um ser humano eleito por Deus para levar adiante sua obra: tomar os hebreus (um povo até então derrotado várias vezes por inimigos poderosos) e elevá-los por sobre todas as nações em uma espetacular inversão da história. Neste sentido, o Messias não é um Filho de Dues.
Na tradição grega existiam heróis elevados à condição divina depois de extraordinárias proezas ou façanhas, por meio da apoteose. O mais importante exemplo disto é Heracles, que depois de ser queimado vivo, é tomado por seu pai, Zeus, para governar ao seu lado. Devido ao predomínio do Império Romano, cuja orientação cultural era predominantemente grega na época dos primeiros cristão, é altamente provável que este exemplo estivera ao seu alcance.
Ao mesmo tempo, o adocionismo era psicologicamente interessante para os mesmos cristãos, já que estes eram uma comunidade pobre e atrasada, sendo fácil identificar-se com um herói como Jesus, ser humano qualquer que é eleito ("adotado") por Deus, e que dava esperanças de salvação aos próprios cristãos, tão humildes diante de Deus quanto seu herói máximo.

Um dos adocionistas mais famosos foram Teódoto o Curtidor, habitante de Bizâncio, que levou a pregação desta doutrina a Roma no ano de 190. ambém durante o século II, Paulo de Samosata e os seguidores do Monarquianismo expressaram visões semelhantes. A crença foi declarada herética pelo Papa Vítor I.

Uma segunda onda do adocionismo, chamada Hispanicus error, no final do século VIII, foi sustentada pelo Califato de Córdova e por Félix, bispo de Urgel, nas planícies dos Pirineus; Alcuin, líder intelectual da corte de Charlemagne foi chamado a refutar ambos os bispos. Contra Félix, ele escreveu:

"Como o Nestorianismo impiedosamente dividiu Cristo em duas pessoas por causa das duas naturezas, o vosso desconhecimento temerariamente dividiu-O em dois filhos, um natural e um adotivo".
O monge espanhol Beato de Liébana, junto o bispo de Osma, Etério, combateram o adocionismo, altamente defendido por Elipando. O credo foi condenado pelo segundo concílio ecumênico de Nicéia (em 787). Nos anos 794 e 799, os papas Adriano I e Leão III, condenaram o adocionismo como heresia nos sínodos de Frankfurt e Roma, respectivamente.

Uma terceira onda se deu com o "Neo-adocionismo" de Abelardo, no século XII. Posteriormente, vários modificaram as teses adocionistas no século XIV. Duns Scotus (1300) e Durandus de Saint-Pourçain (1320) admitiram o termo Filius adoptivus, num sentido qualificado. Em mais recentes tempos, o Jesuíta Vasquez e os luternos G. Calixtus e Walch, defenderam os adocionistas como essencialmente ortodoxos.

Antitrinitarismo

Unitarismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O unitarismo (ou unitarianismo) é uma corrente de pensamento teológico que afirma a unidade absoluta de Deus. Há dois ramos principais do unitarismo, os Unitários Bíblicos que consideram a Bíblia como única regra de fé e prática, assemelhando as demais religiões cristãs evangélicas, exceto, claro, pela concepção unitária de Deus, e os Unitários Universalistas, surgido recentemente nos Estados Unidos, que pregam a liberdade de cada ser humano para buscar a sua própria Verdade e a necessidade de cada um buscar o crescimento espiritual sem a necessidade de religiões, dogmas e doutrinas.

Os Unitários não devem ser confundidos com os Unicistas. Os primeiros entendem que Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo, I Co. 8:6, Jo. 17:3. Quanto ao Espírito Santo os unitários divergem. Alguns acreditam que ele é um Espírito criado através de Cristo, Jo. 1:3, e subordinado a este, I Co. 15:27, outros o consideram, apenas, um outro nome para designar a pessoa do Pai, Jo. 4:24, por vezes reconhecido como tal e por vezes reconhecido como o Dom de Deus, At. 2:38. Já os Unicistas entendem que o Pai, o Filho e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus, I Tm. 3:16 (na versão Almeida Corrigida Fiel), At. 20:28.

Apesar de sua origem em igrejas Cristãs, é geralmente identificado com as correntes de combate ao Trinitarianismo, teve diversas manifestações ao longo da História, com apoio por vezes parcial ou total com outros movimentos que compartilham seu comum desacordo com o dogma da Trindade, como o subordinacionismo, o arianismo, o serventismo ou o socianinismo.

Desde o século XIX, uma ala do unitarismo contemporâneo, conhecido atualmente nos Estados Unidos como unitarismo universalista, deixou de impor credos ou de fazer provas de doutrina como critério de participação, enquanto a ala mais antiga, conhecido como unitarismo bíblico ou restauracionista procura seguir os preceitos cristãos conforme ensinados na Bíblia Sagrada.
História

Antecedentes: O debate cristológico dos primeiros séculos e a controvérsia ariana
Dado que a palavra e o conceito de Trindade, tal como se entende no sentido cristão, não constam no Novo Testamento, os unitários argumentam que o unitarismo teria seu início com o próprio Jesus, que, defendem, tinha consciência de ser simplesmente um homem enviado de Deus ao Mundo para transmitir Sua vontate, sem, todavia, ser divino, nem compartilhando da natureza do Pai. Ao longo dos três primeiros séculos do cristianismo aparecem diversos autores que afirmam a natureza "mais que humana" de Cristo e atribuem-lhe um caráter divino, ou semidivino, como filho de Deus. Os subordinacionistas afirmavam que o Filho estava subordinado ao Pai e submetido a sua vontade (essa era a linha era defendida por praticamente todos os primeiros cristãos),enquanto que outros pensadores cristãos começavam a trabalhar com a idéia do caráter divino de Jesus Cristo e sua identificação com a Divindade. Em outro extremo se situavam os que identificavam totalmente o Pai ao Filho, entendendo que o Pai também havia sofrido e morto na cruz (patripassianismo) e que Pai, Filho e Espírito Santo, não eram mais que modalidades ou manifestações de uma única realidade divina (Sabelianismo ou modalismo). O primeiro a utilizar a palavra "Trindade" foi Tertuliano.
Ao chegar o século IV e o Edito de Milão, todas estas discussões teológicas vieram definitivamente à tona e começou-se a defendê-las adversamente. Constituíram-se dois grandes grupos: os que afirmavam que o Filho havia sido criado por Deus no princípio, e que, portanto, não podia identificar-se com Ele , que se agruparam ao redor de Ario e de Eusébio de Nicomédia, e os que afirmavam que o Filho era consubstancial (homoousios) com o Pai, liderados pelo Bispo Alexandre de Alexandria e especialmente por seu sucessor, São Atanásio. No Concílio de Nicéia (325) se aprovou oficialmente o dogma da Trindade e se condenou o arianismo como herético; uma decisão que, com os distintos caminhos dos anos seguintes, acabaria sendo confirmada pelo Concílio de Constantinopla (381). Não obstante, o Arianismo perduraria pelos reinos Godos que ocuparam o Império Romano do Ocidente, em meados do século VI.

Miguel Servet e as primeiras igrejas unitárias
Ao iniciar-se a Reforma Protestante no século XVI, numerosos intelectuais começaram a publicar seus próprios pontos de vista acerca da doutrina cristã, sem esperar o beneplácito de Roma, dentro do espírito protestante de livre exame da Bíblia. Um destes foi Miguel Servet, médico e teólogo espanhol. Em seus livros De Trinitatis Erroribus (1531), Dialogorum de Trinitate (1532) e Christianismi Restitutio' (1553), questionou a base bíblica e racional da doutrina trinitária. Suas opiniões heterodoxas e sua liberdade de espírito, fizeram-no ser perseguido como herege pela Inquisição. Em Genebra foi preso pelos seguidores de Calvino e condenado a morrer na fogueira por negar a Trindade e condenar o batismo infantil (27 de outubro de 1553);
Servet influenciou vários de seus contemporâneos. O estudioso lituano Piotr de Goniadz admitiu a validade de seus argumentos e convenceu uma parte da nascente Igreja Calvinista da Polônia, que formou a chamada Igreja Reformada Menor, mais conhecida como Irmãos Poloneses sobre os postulador antitrinitários. De outra parte, o reformado liberal Sebastião Castellio reprovou duramente Calvino sua intolerância e seus fanatismo e proclamou a liberdade de consciência em assuntos de fé, um princípio que logo foi postulado pela tradição Unitária.
Alguns anos depois, o reformador humanista italiano Fauto Sozzini (1539-1604) desenvolveu sua própria obra teológica, marcada pelo antitrinitarianismo e o uso da racionalidade. Para Sozzini, a religião evocava quesões que estavam "além da razão" (contra rationem), pelo que os credos deviam concordar com a razão humana. Sozzini encontrou refúgio na Polônia, onde foi recebido pelos Irmãos Poloneses, onde nunca chegou a ser membro oficial do grupo, por negar-se a ser batizado de novo. Na cidade de Rakow, próximo à Cracóvia, os Irmãos Poloneses desenvolveram um grande centro de estudos que atraiu numerosos eruditos e intelectuais de diferentes países.
Em 1605, um ano depois da morte de Sozzini, os sozzinianos da Igreja Menor publicaram o Catecismo Racoviano, resumo das doutrinas de seus mestre e que teve uma grande influência nos anos posteriores na Alemanha, nos Países Baixos e na Inglaterra. A Igreja Reformada Menor desapareceu em 1640 pela crescente intolerância na Polônia em decorrência do início da Contra-Reforma.
Entretanto, o reformado húngaro Ferenc Dávid havia abandonado o Calvinismo para pregar o Cristianismo Unitário na Transilvânia (região que atualmente se encontra na Romênia), influenciado pelo médico italiano Giorgio Blandrata, seguidor das idéias de Servet. O rei João Sigmundo da Transilvânia aceitou o unitarismo e ditou o primeiro Edito de Tolerância religiosa da história moderna da Europa, em 1568, para permitir a livre prática religiosa em seu país, incluindo o Catolicismo. Este status especial perdurou, com dificuldades por conta da invasão da Transilvânia pela Áustria no século XVIII e o domínio mais ou menos efetivo do Império Austro-Húngaro e, posteriormente do Itália fascista, após a Primeira Guerra Mundial.

O unitarismo na Inglaterra e nos Estados Unidos
Na Inglaterra, o impulso religioso radical da Reforma premaneceu entre os Dissenters, nome que englobava às Igrejas Livre opostas à hegemonia da Igreja Anglicana. O pensador John Biddle foi muito influenciado pelo Socinianismo, e a filosofia de John Locke conjuntamente com os racionistas do Iluminismo ganharam muitos adeptos, tanto entre o clero anglicano quanto entre pensadores e cientistas ingleses da época. Por fim, o pastor anglicano Theophilus Lidsey fundou a primeira igreja unitária inglesa em Londres, com Joseph Priestley, cientista (descobriu o Oxigênio e outros gases) e político (apoiava abertamente a Revolução Francesa, o que lhe acarretou numerosas antipatias ao ponto de ter que emigrar para a América, após terem incendiado sua casa). Posteriormente, Priestley ajudou a fundar a primeira igreja unitária da Filadélfia, EUA, em 1796).
Entre os protestantes puritanos que haviam emigrado às colônias da América do Norte, se produziu uma evolução similar à ocorrida na Inglaterra. Os pastores puritanos se cindiram em dois grupos, um conservador e evangélico, de convicções calvinistas, e outros liberal, racionalista e de idéias arminianas e arianas. No princípio do século XIX, os pastores liberais das igrejas da Nova Inglaterra reconheciam como seu líder a William Ellery Channing de Boston, cidade que se converteu no núcleo do Unitarismo norte-americano, até o ponto que se dizia que a fé dos unitários se baseava na unidade de Deus, na humanidade de Jesus e na vizinhança de Boston.
Os cristãos unitários dos países anglo-saxões, que eram de orientação principalmente ariana, acabaram negando não só ao dogma da Trindade, como afirmando que Jesus Cristo não fosse nada mais que um homem, ainda que vendo nele ao profeta que havia sido eleito por Deus para transmitir sua revelação aos homens, como provavam seus numerosos milagres. Os milagres de Jesus eram, pois, a demonstração empírica de sua eleição divina como Salvador. Os unitários rejeitavam as manifestações espiritualistas ou emocionais de fervor religioso do Grande Avivamento que estava produzindo-se nas igrejas ortodoxas do Puritanismo anglo-saxão. Muitos deístas, como Thomas Jefferson, se manifestaram favoráveis à doutrina.

R.W. Emerson e o transcedentalismo
Em 15 de julho de 1838, Ralph Waldo Emerson, que havia sido ministro Unitário em Boston, pronunciou um discurso (The Divinity School Address) na Universidade de Harvard com resultado decisivo para a história do unitarismo norte-americano. Influenciado pelo Romantismo alemão e o hinduísmo, Emerson propôs uma via intuitiva a Deus, baseada na capacidade inata da consciência individual, sem a necessidade de milagre, hierarquias religiosas ou mediações. Esta filosofia espiritual recebeu o nome de Transcedentalismo. Apesar da ideologia liberal de Harvard, o incidente foi considerado um escândalo, mas, muitos pastores e teólogo unitários, particularmente os mais jovens, descubriram na via transcedentalista de Emerson uma forma de superar a rigidez intelectual imperante no unitarismo e desenvolver uma fé individualista e renovadora, além dos limites da revelação bíblica. Theodore Parker foi o grande renovador do unitarismo norte-americano, seguindo as linhas definidas por Emerson. O principal defensor do Unitarismo tradicional de base bíblica foi Andrews Norton. A divisão entre transcedentalista e unitários bíblicos se manteve até finais do século XIX.

O unitarismo contemporâneo
Em 1933 divulgou-se nos Estados Unidos um documento chamado Manifesto Humanista, subscrito por um grande número de cientistas e intelectuais, entre esses vários líderes Unitários, que significou o início de uma nova maneira de entender a religião do tipo naturalista em que conceitos como "Deus" ou "vida depois da morte biológica" deixavam de ser centrais. Segundo os humanistas, a religião devia deixar de especular sobre realidades metafísicas e concentrar-se exclusivamente na trasformação do mundo e no aperfeiçoamento moral do ser humano. O humanismo teve um impacto notável nas Igrejas Unitárias do âmbito anglo-saxão, chegando inclusiva a tornar-se a corrente majoritária do unitarismo norte-americano. Todavia, o unitarismo cristão de base bíblica e o panteísmo transcedentalista mantiveram-se coexistindo com a nova doutrina. Assim, desde meados do Século XX, o unitarismo norte-americano foi deixando de ser uma igreja exclusivamente cristã e protestante para converter-se progressivamente em uma igreja liberal sem credo e cada vez mais multiconfessional, o que alguns atualmente chamam de unitarismo universalista. Recentemente, esta tendência se incrementou com a existência nas Igrejas Unitárias anglo-saxãs de pessoas que, além de unitárias, definem-se também como judeus, budistas, neopagãos ou de outras religiões.
Os unitários norte-americano de fundiram com a Igreja Universalista da América para fundar em 1961 a Associação Unitária Universalista, cuja sede central encontra-se em Boston. Em 1995 constituiu-se o Conselho Internacional de Unitarios e Universalistas (ICUU) para coordenar as diversas igrejas e associações Unitárias e Universalistas no Mundo. Atualmente, calcula-se que existem cerca de 800.000 unitários em 25 países do mundo, principalmente nos Estados Unidos, Romênia, Hungria, Canadá e Grã-Bretanha, e minoritariamente em outros países. Os Unitários Universalistas não devem ser confundidos com os Unitários Bíblicos, que, ao contrário do pensamente completamente liberal dos Universalistas em tudo se assemelham as igrejas reconhecidamente cristãs, mas que têm uma visão unitária da Divindade.
Outras igrejas cristãs, também têm uma teologia unitária, ainda que sem conexão história direta com o unitarismo histórico. Entre essas se destacam as Testemunhas de Jeová, a Mensagem de William Branham, os Cristadelfianos e os Unitários Bíblicos. Estas igrejas combinas o rechaço da doutrina da Trindade (com distintas variantes), com uma interpretação rigorista e, em certos casos, fundamentalista dos textos bíblicos, o que as distingue muito claramente das Igrejas Unitárias, que sempre têm se inclinado ao liberalismo teológico. Outros grupos liberais de inspiração cristã, como a Unity, e outras correntes do Novo Pensamento, também mostram uma inclinação às idéias unitaristas.

Rituais e celebrações das igrejas unitárias
As igrejas Unitárias têm sua origem na Reforma Protestante, pelo que muitas de suas tradições e celebrações refletem este legado cultural. Sem embargo, uma das características principais desta tradição religiosa é sua enorme variedade e sua tendência a experiências e inovações.

Serviços de culto
Os serviços de culto normais ocorrem tradicionalmente no domingo de manhã. Habitualmente são encontros semanais ainda que os grupos menores possam optar por reunirem-se quinzenalmente ou mensalmente. É o momento em que toda a congregação se reúne para celebrar sua fé em comunidade.
Os serviços costumam iniciar com uma peça musical enquanto os assistentes tomam assento e centram seus pensamentos no ato que vão compartilhar. Desde os anos 1960 do século passado é cada vez mais freqüente que o ministro ou um membro da congregação acenda uma chama num cálice ou taça enquanto recita umas palavras relativas à fé que compartilham todos os assistentes (que são geralmente distintos em cada sessão, sem seguir nenhuma norma fixa). O Cálice Aceso se converteu no símbolo de identificação compartilhado pela maioria dos grupos Unitários de todo o mundo e costuma ser utilizado também como logotipo em suas páginas Web e em suas publicações.
Após a leitura das comunicações das distintas comissões, grupos de discussão e meditação, ou outras atividades de estudo, fraternidade e recreação vinculadas à vida cotidiana da congregação, o serviço de culto continua com a leitura de textos religiosos ou filosóficos. Também costuma haver cânticos (geralmente da tradição cristã protestante, ainda que cada vez se publiquem mais hinos exclusivamente unitaristas). Também se costuma realizar atos para os mais pequenos, que em seguida são conduzidos por seus monitores às salas de aula onde se dá formação religiosa para crianças e jovens.
O núcleo da celebração é, habitualmente, o sermão ou exposição oral do ministro ou do líder laico que dirige o serviço religioso. Ocasionalmente, principalmente se a congregação é pouco numerosa, se abre um espaço para o debate entre os assistentes sobre as idéias apresentadas pelo ministro em seu sermão.
O modelo de organização das congregações unitárias é democrático e participativo, tendo como base a autonomia de cada grupo local. Os membros da congregação se reúnem periodicamente em assembleia para discutir os assuntos da comunidade e eleger os cargos eletivos. Esta forma de organização deriva de suas origens protestantes.
As associações nacionais estão baseadas na união federal das congregações locais. Os dignitários nacionais são eleitos por procedimentos democráticos pelos delegados das congregações e são renovados periodicamente. O presidente da associação nacional de congregações (que em Transilvânia e Hungria tem hierarquia de bispo) não tem autoridade doutrinária e costuma ser mais bem uma figura representativa que atua como porta-voz da Igreja perante a sociedade e os meios de comunicação.
Algumas Igreja Unitárias têm clero e outras não, conforme a tradição histórica de cada país. Nos países onde há ministros cada congregação é livre para decidir se quer uma gestão totalmente laica ou se deseja ter um ministro, durante quanto tempo e quando decide substituí-lo por outro. Podem ser ministros tanto homens como mulheres sem importar seu sexo, estado civil nem orientação sexual. O trabalho de um ministro se centra em dirigir os serviços religiosos e as cerimônias públicas, prestar assistência pastoral aos membros da congregação que solicitem sua ajuda e conselho, e periodicamente deve prestar contas de sua gestão ao comitê diretivo da congregação.

Ritos e cerimônias
Nas igrejas Unitárias celebram-se habitualmente cerimônias de dar nome ou bênção às crianças (não se pode falar propriamente de batismo), bodas e funerais. Estes atos não são restritos aos membros da congregação, podendo ser solicitados, também, por outras pessoas. Em sociedades multi-culturais como os Estados Unidos e o Canadá, são muitos os casais de duas tradições religiosas distintas que decidem casar-se em uma igreja Unitária devido ao seu caráter ecumênico e pluralista. As igrejas unitárias celebram, também, regularmente e com normalidade, uniões matrimoniais entre pessoas do mesmo sexo.

Celebrações experimentais
As congregações Unitárias mais inovadoras são propensas a organizar em certas ocasiões celebrações pouco ortodoxas, nas quais se pode utilizar teatro, dança e outras expressões artísticas em substituição ao sermão habitual.
As igrejas Unitárias desenvolveram, também, rituais originais próprios, como a Comunhão das Flores, criada pelo pastor Norbert Čapek, da Checoslovaquia. Essas novidades nas celebrações são sinal da progressiva diferença entre as igrejas Unitárias, com relação aos ofícios religiosos, e outras confissões de origem protestante.
Também é relativamente freqüente a celebração de festividades específicas de outras religiões, como a Hanukkah judía, ceremônias budistas, Shinto, etc... Nos Estados Unidos se percebe, também, uma influência crescente do neopaganismo e das religiões nativas americanas. Essa pluralidade se percebe de forma ambivalente, em ocasiões, como riqueza na diversidade e, em outras ocasiões, como desvirtuação das essências do unitarismo. Assim, apareceram recentemente grupos que discordam do excesso de pluralismo e sincretismo que percebem no unitarismo moderno, geralmente reivindicando um regresso às suas raízes cristãs. Um exemplo é a Conferência Unitária Americana (AUC).

Antitrinitarismo

Socianismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O socianismo ou socinianismo sumaria as crenças dos socinianos, seguidores de Fausto Socino (falecido na Polônia, em 1604), que desenvolveu sua teologia inspirada em seu tio Lélio Socino (morto em 1562, em Zurique).
A doutrina sociniana é antitrinitária e considera que em Deus há uma única pessoa e que Jesus de Nazaré é um homem.
Os socinianos se estabeleceram principalmente na Transilvânia, Polônia e Países Baixos. Suas crenças, resumida no Catecismo Racoviano, são:
A Bíblia era a única autoridade, mas tem que ser interpretada pela razão;
Rejeição de mistérios;
Unidade, eternidade, onipotência, justiça e sabedoria de Deus;
A razão é capaz de compreender Deus para a salvação humana, mas sua imensidão, onipresença e ser infinito são além da compreensão humana, portanto desnecessárias à salvação.
Rejeição da doutrina do pecado original;
Celebração do batismo e da santa ceia como símbolos memorativos, sem serem eficazes meios de graça;

Antitrinitarismo

servetismo

Miguel Servet
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Miguel Servet (também grafado Serveto ou Serbeto) y Conesa (em latim, Michael Servetus, ) (Villanueva de Sigena, Espanha, 29 de Setembro de 1511 - Genebra, 27 de Outubro de 1553), foi um teólogo, médico e filósofo aragonês, humanista, homem de grande cultura e conhecimento multidisciplinar, interessando-se por vários assuntos como: astronomia, meteorologia, geografia, jurisprudência, matemática, anatomia, estudos bíblicos e medicina. Mas os campos nos quais mais se destacou foram Teologia e Medicina.
Foi perseguido pelos católicos na Espanha e pelo Conselho de Genebra, tendo sido João Calvino acusado posteriormente como o responsável pela morte de Servet, pois havia escrito a Guilherme Farel dizendo que se Servet viesse a Genebra não o deixaria sair vivo. Foi queimado vivo em Genebra. Calvino tinha discutido muitos anos com Miguel Servet, havendo trocado correspondência. No auge da discussão entre eles, Servet foi condenado à morte pela fogueira
Ideias
Servet não se convence com a ideia da Trindade. Ele argumenta que ela não se encontra nem no antigo nem no novo testamento. Ele considera haver muitas inconsistências nos textos bíblicos. Para ele, a Trindade é um sofisma, uma invenção do Concílio de Niceia.
Além disso Servet pôde descrever, pioneiramente, o funcionamento da circulação do sangue nos pulmões (pequena circulação. Porém, incluiu essa descrição num livro de teologia; o livro foi destruído pelas idéias teológicas, e a sua descoberta anatômica só foi reconhecida muitos anos depois.

Notas biográficas
Filho de Antón Serveto Meler, notário do Real Monasterio de Villanueva de Sigena, e de Catalina Conesa, seus antepassados eram originários do vilarejo pirenaico de Serveto, no Vale de Gistain, e após a Reconquista, estabeleceram-se na província aragonesa de Huesca, em Villanueva de Sigena.
Estudou inicialmente em Villanueva, e depois em Huesca e no Mosteiro de Montearagón.
1527 (com 16 anos), é enviado pelo pai para estudar direito em Toulouse, França.
1529 (18 anos), regressa a Espanha, onde estará ao serviço de Quintana, o confessor do Rei Carlos V. Faz parte do séquito real, que percorre a Itália e a Alemanha, onde assiste à Dieta de Augsburgo.
1530 (19 anos), separa-se da Corte dos Habsburgo e torna-se um reformador. Irá viver em Basiléia, onde é hóspede de Oekolampad. Acabarão por se desentender e separar-se. Em causa está a noção da Trindade. Oekolampad recusa-se a pôr em questão a Trindade.
1531 (20 anos), vive em Estrasburgo, onde se relaciona com Bucer e Capito, com quem também terá divergências, acabando por cortar relações. É publicada a sua obra De Trinitatis erroribus, onde critica a doutrina da Trindade. Bucer critica abertamente o livro, que será proibido em Estrasburgo e em Basileia.
1532 (21 anos), será perseguido quer pelos reformadores como pelos católicos, fugindo para Lyon, onde muda de nome. Passa a chamar-se de Miguel Villanovano, passando a dizer que nasceu em Tudela. É publicado Dialogorum de Trinitate. Passará a ser perseguido pela Inquisição. Trabalha então numa editora, fazendo uso do seu domínio de línguas. Publica a Geografia de Ptolomeu.
1536 (25 anos), vai estudar Medicina na Universidade de Paris. Publica Syroporum, criticando duramente os métodos terapêuticos correntes. Traduz do grego o livro De medica materia de Dioscorides. Foi então professor de Matemática (o que compreendia também Geografia, Astronomia.
1540 (29 anos), regressa a Lyon onde exerce Medicina e se torna editor.
1541 (30 anos), vai viver em Vienne, no Dauphiné, onde exerce Medicina por 12 anos, estudando temas teológicos nos tempos livres. Reedita a Geografia de Ptolomeu. Editará também em Vienne vários livros, incluindo a Bíblia, versão Serveto.
1545 (34 anos), envia a Calvino o seu manuscrito Cristianismi Restitutio. O livro é arrojado e acabará mesmo por precipitar o fim trágico de Servet. Mostra-se favorável ao baptismo dos adultos, considerando que Jesus foi ele próprio baptizado com cerca de trinta anos.
1551 (40 anos), é impresso o seu Cristianismi Restitutio
1552 (41 anos), é denunciado à Inquisição francesa por Calvino, acabando por fugir. A inquisição condena-o mesmo na sua ausência. Seus livros são queimados.
1553 (42 anos), é condenado à morte em Genebra, onde foi queimado na praça de Champel a 27 de Outubro.
Referências
Serveto assinará algumas das suas obras com o sobrenome de sua bisavó paterna - Revés.